Nesta terça-feira (11), às 20h30, o Chá de Canela recebe a criadora de conteúdo Tiane Melo, conhecida pelo perfil Manga Poética, para um bate-papo sobre a COP 30 e os impactos que o evento vem gerando em Belém e no imaginário paraense. A conversa tem como tema “A COP 30 reacendeu o orgulho de ser paraense?” e será transmitida ao vivo no YouTube do Chá de Canela e também pela Rádio Nova Belém.
Durante a entrevista, Tiane reflete sobre as transformações simbólicas e estruturais provocadas pela chegada da conferência internacional do clima à capital paraense. Para ela, mais do que um motivo de orgulho, a COP 30 despertou uma nova forma de olhar para a cidade e para seus desafios.
“Não sei se orgulho é a palavra certa, mas acho que a COP 30 gerou uma onda de sentimentos. No começo, muita gente questionava se Belém estava pronta, mas o evento acabou nos unindo em torno da necessidade de reconhecer quem somos, com nossos limites e nossas potências”, comentou Tiane.
A influenciadora também destacou a importância de encarar os problemas estruturais da cidade com empatia e consciência histórica:
“É importante reconhecer que Belém não é perfeita, mas entender o porquê. Há toda uma história de abandono e de falta de políticas públicas. A COP 30 fez a gente olhar para nós mesmos com mais carinho e respeito”, disse.
Mesmo com ressalvas sobre a forma como os investimentos chegaram à cidade, Tiane vê aspectos positivos na preparação para o evento.
“É até complicado pensar que precisou vir uma COP para recebermos melhorias, mas, ainda assim, é bom que vieram. O que tem que ficar é a compreensão de que somos uma metrópole potente. A transformação real vem quando a sociedade se conscientiza e escolhe representantes conectados com esse discurso”, afirmou.
Além do olhar social, Tiane destacou o papel dos influenciadores digitais nesse contexto de mudança.
“A COP 30 atravessa toda a sociedade paraense. E os influenciadores tiveram a oportunidade de levantar debates importantes, de educar suas audiências sobre temas que nem sempre fazem parte do cotidiano. A internet tem esse papel de simplificar discussões complexas e aproximar as pessoas. Foi um movimento didático e transformador”, concluiu.


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