Cúpula do Clima: a representatividade feminina na discussão
Revista CDC Vozes da COP 30

Cúpula do Clima: a representatividade feminina na discussão

Belém se tornou o centro das atenções internacionais com o início da Cúpula do Clima, nesta quinta-feira (6), evento que antecipa discussões essenciais para a COP30, de 10 a 21 de novembro de 2025. A cidade respira debates sobre transição ecológica, bioeconomia, saberes tradicionais e justiça climática.

Mas, entre painéis e agendas oficiais, uma pauta chama ainda mais atenção da Revista CDC: o papel das mulheres na defesa do planeta. Para além das notícias factuais, o nosso objetivo aqui também é traçar recortes de gênero dentro das discussões da pauta ambiental.

Mulheres na linha de frente

Em todas as esferas, da academia às comunidades ribeirinhas, as mulheres têm sido voz ativa na construção de uma agenda climática mais humana e territorializada. Elas lideram pesquisas, articulam movimentos sociais e enfrentam a dupla jornada entre o cuidado com o lar e a defesa da terra.

De lideranças indígenas como Sonia Guajajara e Marina Silva a jovens ativistas, empreendedoras e comunicadoras, a presença feminina na Cúpula reafirma que não existe futuro sustentável sem equidade de gênero.

Entre as chefes de Estado e de delegações confirmadas, conseguimos encontrar alguns nomes femininos entre as lideranças — mesmo que a representatividade ainda seja tímida. Xiomara Castro (Presidente de Honduras), Mia Amor Mottley (Primeira-Ministra de Barbados), Jennifer Simons (Presidente do Suriname), Chabi Talata (Vice-Presidente do Benin), María José Pinto (Vice-Presidente do Equador), Tanja Fajon (Vice-Primeira-Ministra e Ministra das Relações Exteriores da Eslovênia) e Ilza Maria dos Santos Amado Vaz (Ministra dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe) são algumas das mulheres que participam da Cúpula em Belém.

Essa composição mostra que as mulheres começam a ocupar mais espaço dentro da discussão ambiental, mas, ainda assim, a representatividade continua aquém do necessário.

O que está em jogo na Cúpula do Clima?

O que está em jogo na Cúpula do Clima em Belém vai muito além da preparação para a COP30: trata-se de definir como o Brasil e os países amazônicos vão articular compromissos concretos de transição ecológica justa, financiamento climático e proteção das populações que vivem na floresta. A conferência coloca em pauta temas urgentes como desmatamento, bioeconomia, soberania dos territórios indígenas e o protagonismo das comunidades locais nas decisões globais sobre o clima.

É um momento decisivo para transformar discursos em ações e garantir que a Amazônia (e as pessoas que nela vivem) sejam o centro das soluções para a crise climática.

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