Sabe quando tudo vai bem, a conversa flui, o interesse existe… Até que, de repente, algo dentro de você desliga?
Pode ser um gesto, uma mania, uma frase fora de hora… e, sem saber explicar exatamente o porquê, o encanto acabou. Esse fenômeno tem nome (e muita gente falando sobre ele nas redes): “ick”.
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O termo vem do inglês e representa aquela sensação repentina de repulsa ou desinteresse, mesmo que nada grave tenha acontecido. É comum em relacionamentos no início, quando ainda estamos descobrindo o outro (e qualquer detalhe pode se transformar em um “alerta interno” de que algo não encaixa).
Mas o “ick” vai além do nojo ou da implicância. Ele revela como as relações atuais estão mais imediatistas e guiadas por idealizações. Queremos o match perfeito, a conexão instantânea, o parceiro que não tenha defeitos. E quando a realidade aparece (com suas manias, vulnerabilidades e imperfeições), o encanto dá lugar à rejeição.
Por outro lado, o “ick” também pode ser um sinal de autopercepção: às vezes, o que nos causa estranhamento diz mais sobre nossos limites e valores do que sobre o outro. O desafio é entender se estamos rejeitando o que é diferente ou se estamos apenas reconhecendo que aquela relação realmente não combina com quem somos.
Em tempos de amores líquidos e relações rápidas, o “ick” é quase inevitável. O importante é não confundir o incômodo passageiro com um desinteresse definitivo — e, acima de tudo, não usar o termo como desculpa para fugir de vínculos mais profundos.


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