Sabe aquele lugar que você namora de longe por um tempo antes de se aproximar? Foi assim com o Di Mare. Li o cardápio online, meses antes, vi fotos e planejei o momento com amigos, mas na hora H, só eu me esforcei. Não faltam boas opções e, que fique claro – eu comi bem – mas não tudo.
A entrada foi um Rotolo, recheio basicamente envolvido em massa, nesse caso, era um recheio de calabresa meio apimentada, sensacional, com uma massa crocante por fora e macia por dentro e, aqui eles arrasaram. Essa entrada veio com umas seis unidades, com um tamanho bem razoável. Definitivamente um ótimo início.
Esse aperitivo custou R$ 48 reais, para seis unidades e um pouco de molho especial muito saboroso, mas a opção mais em conta são as Fritas Trufadas, que custam R$ 35 e são finalizadas com parmesão e salsinha desidratada (parece uma delícia).
De prato principal, você vai ficar em dúvida entre um prato de massa ou uma pizza, isso eu afirmo sem dúvidas, porque o cardápio é farto e bem atrativo. Dessa vez, optamos por uma pizza metade sabor de alho-poró e metade Margherita. Cada uma delas teve suas particularidades, mas enquanto a Margherita entregou o que já se esperava do sabor, a de alho-poró se perdeu um pouco.
O sabor obviamente ressalta, mas na lista dos ingredientes no cardápio dizia que vinha com gorgonzola e, acredito que fiquei com muita expectativa dessa mistura de sabores. Mas, eu não senti o queijo em nenhuma das garfadas. Isso não destruiu a experiência, mas foi o primeiro momento em que notei que as minhas expectativas com o lugar não estavam alinhadas com a prática.
Viver essa experiência não foi tão barato, os preços definitivamente não são os mais acessíveis para o dia a dia da média das pessoas, talvez seja o lugar de uma celebração especial, quando se está pronto para gastar um pouco mais. Apenas a pizza Margherita custa R$ 60, enquanto a de Alho-Poró está saindo a R$ 69, mas, entre todas as opções, a mais barata vai te custar R$ 56, é a Marinara, mas só vem molho, alho negro, orégano e azeite. Se estiver curioso, a mais “salgada” custa R$ 96.
As fatias desceram com a ajuda de um suquinho de acerola bem gostosinho, nada a reclamar do suco natural. Não cheguei a experimentar nada além de água e suco.
No fim, todo mundo sabe que a sobremesa é a cereja do bolo, mas, infelizmente, aqui foi mais parecido com um balde de água fria. Pedimos um único tiramisù, recomendação do meu amigo, que adora a sobremesa. Ele se arrependeu na primeira colherada e eu na segunda, mesmo vendo a cara feia que ele fez, tive que constatar que, de fato, algo estava errado ali – muito amargo.
Pesquisei aqui para não arriscar escrever besteira. Esse doce é feito com diferentes camadas de sabor, tem uma presença marcante de café e uma textura aerada, mas lá dizia que o sabor deveria ser equilibrado entre o amargo do café e o doce do creme de mascarpone e açúcar. Faltou só a parte do equilíbrio mesmo.
O cardápio tem várias possibilidades, desde saladas bem gordinhas, até adega de vinhos. Por isso, acho importante lembrar que essa foi a minha experiência pessoal, se a sua foi melhor, me leva com você que vou adorar.
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